Você já sentiu medo de perder o seu emprego para uma máquina inteligente? Muitos profissionais que realizam funções informativas, como elaborar listas ou roteiros turísticos, por exemplo, estão preocupados com o avanço das ferramentas de IA, como o ChatGPT, que podem fazer essas tarefas com mais rapidez e precisão do que os humanos.
Mas esse medo é desnecessário. A IA não é uma ameaça, mas uma oportunidade para os profissionais dessas áreas se adaptarem e se reinventarem. Estes devem passar da função de informadores para formadores, ou seja, usar a sua criatividade, senso crítico, ética e visão estratégica para filtrar, analisar, interpretar e aplicar as informações colhidas e elaboradas também pelas IAs.
Assim, eles podem agregar mais valor ao seu trabalho e se destacar no mercado. Por exemplo, um roteirista pode usar o ChatGPT para gerar ideias inovadoras para os seus projetos, revisar e aprimorar os seus textos, criar diálogos mais naturais e envolventes, entre outras possibilidades. Dessa forma, ele pode aproveitar o potencial da IA para melhorar a sua produtividade e qualidade, sem perder a sua originalidade e autenticidade.
O mesmo vale para outras profissões que podem se beneficiar da IA, como tradutores, assistentes virtuais, social managers, agentes de viagens, suporte técnico, etc. Eles podem usar a IA como uma aliada, não como uma ameaça, para realizar as suas funções com mais eficiência e inteligência.
Portanto, a IA não é o fim das profissões, mas sim o início de uma nova era, onde os profissionais devem se adaptar e se reinventar para explorar o infinito das possibilidades que a tecnologia oferece.
Nesse sentido, é importante que a educação acompanhe essa transformação e prepare os profissionais para lidar com os desafios e oportunidades da IA. Segundo Vicari (2021), a educação deve promover o desenvolvimento de competências cognitivas (como raciocínio lógico, resolução de problemas e aprendizagem contínua), socioemocionais (como comunicação, colaboração e empatia) e éticas (como responsabilidade, honestidade e respeito) nos estudantes. Além disso, a educação deve incorporar as tecnologias de IA como ferramentas pedagógicas que possam auxiliar os professores na personalização do ensino e na avaliação da aprendizagem.
Podemos afirmar que a IA não é uma ameaça às profissões, mas sim uma oportunidade de evolução e inovação. Os profissionais que souberem aproveitar as vantagens da IA e se adaptarem às mudanças do mercado terão um futuro promissor e gratificante. A IA não veio para substituir os humanos, mas sim para complementá-los e potencializá-los.
Referência:
Vicari R.M. Influências das Tecnologias da Inteligência Artificial no ensino. Estud. av. [Internet]. 2021 [citado 2023 Fev 18] ; 35( 101 ): 95-108. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ea/a/VqyZbNzYfnCJ8s8Psft4jZf/
(Erison S. Lima)
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