Agora volte para o presente e sinta a armadura que você veste, as armas, os escudos e as lanças que você usa para se proteger (ou se atacar?). Você mudou, envelheceu, mas não é só isso; você desanimou. Você se deixou vencer ao não perceber que a guerra não era contra o mundo, mas contra si mesmo. Ao tentar se defender das ameaças externas, você foi dominado pelas internas. Ao tentar escapar da caverna em que vivia, você não percebeu que ela se expandia e se aprofundava ao seu redor. E tudo mais se perdeu, aquelas lembranças agora parecem tão distantes quanto você se afastou de si mesmo.
Então você cresceu e se tornou o homem da armadura, o campeão do torneio na disputa das verdades, o vencedor sobre os outros pela força, pelo discurso, pelo dinheiro, pela fama ou pela inteligência. Afinal, você ama o poder, se viciou nele quando começou a brincar com ele, e como qualquer vício logo tomou conta de você por inteiro, ao ponto de você não perceber mais o quanto de você está morrendo lentamente dentro da armadura.
Agora, pare um pouco e abaixe as armas. Comece o caminho de volta à sua essência. Lembre-se do que faz você se sentir autêntico. Volte no tempo e encontre aquela criança que você foi. Olhe nos seus olhos e pergunte se ela tem orgulho de você, do que você fez com os sonhos dela. E espere a resposta. Se ela não te disser nada e simplesmente sorrir, puxar a sua mão e começar a correr, você já sabe a resposta.
Faça o caminho de volta e descubra como ressuscitar aquele amor que era sem fim dentro de você.
https://www.youtube.com/watch?v=hrLb6AwiiV4
ResponderExcluir