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sábado, 22 de julho de 2023

A vida não é um smartphone: reflexões sobre o descarte de pessoas

 





Estamos entrando e saindo das vidas das pessoas mais rápido do que entramos e saímos de grupos de WhatsApp. Mas a vida não é um smartphone. Todo rompimento gera marcas. Na vida, "excluir ou bloquear" pessoas que nos fazem mal pode ser necessário para autopreservação, mas a rapidez com que nos desfazemos dos relacionamentos ainda no início pode revelar outras coisas, como: medo de se machucar, fugas, questões mal resolvidas. Ninguém tem obrigação de insistir em um relacionamento infrutífero (seja no namoro, amizade, etc). Mas, será que não estamos descartando as pessoas cedo de mais, sem dar a elas o espaço e o tempo necessário para a mudança?

Talvez estejamos nos tornando impacientes e intolerantes com as diferenças, com os erros, com as limitações alheias. Talvez estejamos nos esquecendo de que as pessoas não são perfeitas, de que elas têm seus próprios conflitos, medos, traumas, inseguranças. Talvez estejamos nos esquecendo de que nós também somos assim, e que também podemos magoar e decepcionar alguém. Talvez estejamos nos esquecendo de que o amor é um exercício constante de compreensão, perdão, diálogo e renúncia. Talvez estejamos nos esquecendo de que as relações humanas são complexas e exigem dedicação, cuidado, respeito e paciência. Talvez estejamos nos esquecendo de que as pessoas valem mais do que um simples toque na tela.

(Erison S Lima)

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