No vácuo frio da indiferença,onde o coração se retrai,
Há uma sombra que não se desfaz.
Não é ódio, nem fúria ardente.
Mas a ausência de calor.
Um vazio que mente.
Negando o valor.
É o silêncio que sufoca.
A mão que não se estende.
O olhar que não se desdobra
E o abraço que se ofende.
O antônimo do amor
A memória que se apaga.
A promessa sem cumprimento.
E a alma que não se afaga.
Mas, ali mesmo, uma centelha brilha.
Pois o amor, como um verso eclode.
Renasce das cinzas, tenro e forte.
Refaz a trajetória, antes maldita
E, no coração disperso,
encontra morada, solo e raízes.
Erison S. Lima
14/04/2024
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