Sentei na cama, abri um livro:
"Mas os mansos herdarão a terra e se deleitarão na abundância de paz."
Pensei: onde foi que nos abandonamos?
Olhei pela janela e vi o dia cinzento e vi pessoas cinzas.
Um ser humano, não humano. Na verdade, era uma outra criatura...
Era uma máquina de matar outros seres para reduzi-los a pó.
Era um demônio, uma besta, uma fera...
Estava frio e eu pensei:
Será a paz uma miragem?
Uma ilusão que só existe nos livros, nos poemas, nas canções?
Será que um dia já a possuímos?
Será que um dia já a conhecemos?
Será ela um dom, uma escolha, uma missão?
Fechei o livro e, simultaneamente, os olhos:
"Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra".
Ecoava, agora, uma voz, dentro de mim.
(Erison S. Lima)
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