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segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

Não imaginava



Passou por mim na Avenida Margarita, às 16:30 de ontem, quando eu voltava do trabalho para casa, olhei no retrovisor e vi um carro vindo em altíssima velocidade, joguei o meu para a direita, e ele passou como um raio, vidros fechados, não consegui ver o rosto do motorista, foi quando percebi a polícia atrás, sofrendo para persegui-lo, óbvio, era uma fuga. O carro perseguido dobrou à esquerda, em frente ao posto Ipiranga, e seguiu pelas ruas do Alfredo Nascimento. À essa altura, outras viaturas somavam-se ao lento comboio, a destreza do motorista perseguido era notória. À certa altura, os outros tripulantes do carro baixaram os vidros, e trocaram tiros com a polícia, que revidou e acertou um único tiro no motorista, que mesmo baleado conseguiu guiar o veículo durante metros, até cair de um barranco. Os tripulantes, homens que praticavam assaltos à mercadinhos (pratica comum por essas bandas) correram e sumiram pelo mato adentro, no automóvel, a identidade do motorista se revela: uma menina, 18 anos apenas, ela tinha nome e sobrenome, e havia escolhido um caminho ruim para si. Na internet, além dos tradicionais comentários e palavrões destinados à defunta (como se fossem melhorar sociedade), dizem que Dariane Costa Ferreira deixa órfão um menino. Imagino que com essa idade, ela poderia ter sido minha aluna, poderia ter sentado em uma das cadeiras dos terceiros anos, poderia ter sido nossa conhecida e companheira de jornada. Talvez ela morasse no Cidade de Deus, bairro com maior número de mortes violentas em Manaus. Talvez, se tivesse pensado mais um pouco não entrasse nessa.
Ao contrário do que alguns possam pensar isso não é pena, nem defesa de bandido, é tristeza por toda essa história de vida e desejo que outras jovens, das centenas que passam por nós todos os dias, não entrem no mesmo caminho e escolham para si sempre o melhor

Vocação e Valor: A Realidade dos Professores

Segundo uma postagem no Instagram do Jornal O Globo, publicado hoje,  oito em cada dez professores  já consideraram a possibilidade de mudar...